segunda-feira, 29 de junho de 2009

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa

Alvy Singer (Woody Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há quinze anos, acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em um curto espaço de tempo eles estão morando juntos, mas depois de um certo período crises conjugais começam a se fazer sentir entre os dois. Muitos consideram Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), o principal passo na carreira de Woody Allen, mudando de puro comediante para um cara mais preocupado em colocar filosofia nos seus filmes. Porém, Allen não estava nem aí para o que os outros achavam: implica com um sujeito discutindo Fellini e McLuhan na fila do cinema e tira sarro dos tipos metidos a intelectual na Nova Iorque da década de 70. A verdade é que Annie Hall é um dos melhores – talvez o melhor – filme de um dos melhores cineastas da história. Allen estava no auge, tanto que depois vieram mais duas obras-primas, Interiores (78) e Manhattan (79). Mas aqui o seu negócio é falar sobre o ridículo, a dificuldade e a beleza dos relacionamentos amorosos. E faz isso de um jeito que ninguém tinha feito ou conseguiu fazer depois. A Annie Hall, do título original, é Diane Keaton, em um papel marcante, com um visual que fez moda na época: camisa branca, gravata, colete e calças largas. A maioria das peças vinha do armário da própria Diane, que gostava de se vestir com roupas de homem. Levou quatro Oscar: melhor atriz – para Diane -, melhor roteiro, melhor diretor e melhor filme. Premiação muito bem ignorada por Allen, diretor de um dos filmes mais belos que já se viu.

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