sábado, 4 de julho de 2009

história da banda NX Zero

A banda paulistana de hardcore NX Zero não sai da mídia. E a impressão que se tem é que o conjunto – que protagonizou o “Família MTV”, ganhou o VMB nas categorias Artista e Hit do Ano, foi escolhido Revelação do Multishow e coleciona aparições nos mais concorridos programas de TV e rádio – começou ontem mesmo.Mas não foi bem assim. É isso que o vocalista Di Ferrero, os guitarristas Gee Rocha e Fi Ricardo, o baixista Caco Grandino e o baterista Dani Weskler querem mostrar em “62 Mil Horas Até Aqui”, recém-lançado DVD da banda. Está certo que foi em 2007 que “Razões e Emoções” foi a música mais executada nas rádios do país. E que o CD homônimo, lançado em 2006, caminha para o Disco de Platina. Mas houve muitas e muitas horas de ralação antes disso.Seja durante um bate-papo numa mesa, ou na avaliação que cada um dos componentes faz dos colegas, no DVD o NX Zero leva o fã a uma viagem até o início da banda, há sete anos, quando os palcos eram toscos, o público, bem restrito, e até se pagava para tocar. No DVD, essa fase desconhecida para os fãs mais recentes vem à tona. De lambuja, há ainda a banda tocando 17 músicas em estúdio e três videoclipes.Sobre esse trabalho, Di contou mais detalhes. O DVD é intimista, passa uma idéia de proximidade com o espectador. Como foi a concepção desse material?Em 2007, a gente passou por muita coisa, foi o melhor ano da nossa vida. Muita gente conheceu o NX Zero e sentimos a necessidade de mostrar para essa galera de onde a gente veio, a nossa história, e não dava para falar isso tudo nas entrevistas. Sempre fomos a fim de lançar um DVD num formato de documentário. Tínhamos umas coisas gravadas antigas, cenas do comecinho, com a gente diferente, e a galera não imagina como batalhamos para chegar até aqui. Ficou legal para o pessoal mais velho conhecer nossa história detalhadamente e também para os mais novos.Quais os maiores obstáculos que vocês enfrentaram para passar de banda underground à conhecida no país todo?Foram muitos. No começo, tocávamos em lugares precários, com pouca gente, mas a gente não se ligava muito nisso ainda. O som podia estar ruim, mas nosso negócio era tocar. Ficávamos imaginando se um dia isso iria mudar, mas nunca desistimos. Rolava também dificuldade com dinheiro, a gente pagava para tocar, tinha que organizar uma van. Quando chegávamos, cada um tinha uma função e eu era quem ficava vendendo as camisetas e CDs em uma barraquinha. Enquanto isso, um cuidava do palco, outro marcava os shows, era até bem organizado. Aprendemos muito e é por isso que damos valor ao que conquistamos.Como vocês estão assimilando este momento de superexpo-sição?A ficha ainda não caiu. Por exemplo, sou muito tiete de algumas bandas. Quando vejo os caras dos Paralamas, quero tirar foto e o pessoal me trata como músico também. E eu não acredito que estou ali, é muito louco. Sei que uma hora vou me acostumar, mas por enquanto estou aproveitando.O DVD mostra o relacionamento próximo que vocês têm com os fãs. Como vocês lidam com a tietagem, até por uma questão de segurança?Tem muita gente que vem gritando e nós falamos para ter calma, para conversarmos, somos pessoas de carne e osso. Sempre fomos muito próximos da galera, desde quando tínhamos só um fotolog e trocávamos mensagens. A idéia de se filmar no DVD foi para parecer que estávamos conversando com a pessoa mesmo.Por serem ainda muito novos, vocês tomam cuidados para que o sucesso não suba à cabeça?Na banda, a gente se cobra muito sobre isso. Se sentimos que isso está acontecendo com um de nós, não deixamos passar. Todos já passaram um pouco por isso, mas sempre trazemos de volta.Como está o dia-a-dia de vo-cês? O que você gosta de fazer e não consegue mais?Sou desligado para isso. Às vezes vou ao shopping à tarde, esqueço que não dá mais para ser assim, e de repente começa uma gritaria. Aí não consigo fazer

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